Pesquisar este blog

domingo, 29 de julho de 2012

Guia do Estudante: Engenharia Florestal

É o ramo da engenharia voltado para o estudo e o uso sustentável de recursos florestais. O engenheiro florestal avalia o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a preservar a flora e a fauna. Pesquisa e seleciona sementes e mudas, identifica e classifica espécies vegetais e procura melhorar suas características, analisando as condições necessárias a sua adaptação ao ambiente. Elabora e acompanha projetos de preservação de parques e de reservas naturais e cuida de fazendas de reflorestamento. Recupera áreas degradadas, cuida da arborização urbana e avalia o impacto ambiental de atividades humanas em uma área. Esse engenheiro também efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, visa à segurança e aos impactos socioambientais.

Mercado de Trabalho

O novo Código Florestal brasileiro foi aprovado, em julho de 2010, em meio a bastante polêmica. O mesmo aconteceu com a aprovação da emenda 164 do código, que estende aos estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente, em junho de 2011. Isso demonstra a importância crescente das discussões em relação à preservação e ao manejo florestal. E promete aumentar as oportunidades de trabalho para esse engenheiro, principalmente na assistência e no desenvolvimento de projetos para adaptar as propriedades rurais à nova legislação. "A certificação florestal também tem aberto novas oportunidades de trabalho na forma de assessorias, consultorias e auditorias para muitos engenheiros florestais", afirma o professor Antonio José de Araújo, do curso da Unicentro-PR. Segundo ele, outro ator importante no aquecimento do mercado de trabalho são as empresas de gerenciamento que auxiliam investidores institucionais no manejo de seus investimentos em florestas. Órgãos públicos como o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais realizam frequentemente concursos para a contratação do profissional. Empresas privadas que prestam serviços para o governo também necessitam dessa mão de obra especializada. Quem atua nas áreas de ecologia aplicada e de manejo florestal é solicitado por companhias de reflorestamento e por produtores rurais que fazem o plantio de florestas para fins comerciais. Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que mantém extensas áreas de reflorestamento. A implantação de novos empreendimentos no Nordeste e no Centro-Oeste também deve abrir vagas. Cresce a procura desse engenheiro na Região Norte, onde ele se dedica, principalmente, à fiscalização e a levantar o inventário de espécies vegetais. Nas indústrias de base florestal, em especial nas de papel e celulose, móveis, compensado e carvão, cresce a procura pelo especialista em tecnologia de produtos florestais. Outros nichos que vêm se expandindo são o comércio de produtos florestais, a gestão de viveiros florestais e a coleta, o estoque e a transformação do lixo urbano e industrial. Prefeituras de todo o país buscam o graduado para cuidar da arborização urbana. O profissional pode atuar ainda como assessor técnico de ONGs. 

Salário inicial: R$ 3.270,00 (6 horas diárias); fonte: Confea.



Base teme que Medida Provisória do Código Florestal perca validade


Parlamentares do PT estão receosos com o fato de a Medida Provisória 571/02, que alterou o novo Código Florestal (Lei 12.561/2012), perca a eficácia por causa da disputa política que está sendo travada com a bancada ruralista. Nesta quinta-feira, 12, após seis horas de embates, a comissão mista da MP aprovou o texto base da medida, proposto pelo relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
Mas a votação de 343 destaques ficou para agosto, após o recesso parlamentar. O medo dos aliados é que não haja tempo suficiente para a MP ser aprovada pela comissão e, em seguida, pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. A medida, editada por Dilma Rousseff no final de maio, perde a validade no dia 8 de outubro e há, no meio do caminho, eleições municipais que acabam por mobilizar os esforços políticos dos congressistas.
"Estou muito preocupado, porque a maioria dos 300 destaques é contra o meio ambiente", afirmou o senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente da comissão mista que discute a MP. Embora considere que o governo Dilma tenha cumprido um "papel importante" ao construir um ambiente para permitir a votação de quinta, Viana disse que a verdadeira batalha ocorrerá no plenário da Câmara, Casa onde há maiores resistências às mudanças na legislação introduzidas pela MP.
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), concorda. "O maior risco da medida provisória vai ser em plenário, do que na comissão. No plenário da Câmara", destacou. Segundo Pinheiro, por mais que os ruralistas venham a ser derrotados na Câmara, vão trabalhar para dificultar a votação. "Eles vão querer reafirmar a posição deles", afirmou.
Pelo texto de Luiz Henrique aprovado nesta quinta, a comissão manteve a exigência de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de quatro a 10 módulos fiscais. Os ruralistas queriam a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou apenas que ela não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade.
No caso da Amazônia, o relator alterou parte do parecer que trata do limite para a soma da reserva legal e das Áreas de Preservação Permanentes (APPs). Para viabilizá-las economicamente uma propriedade rural, o imóvel rural localizado em área de floresta da Amazônia Legal deverá ter até 80% de área conservada, somando reserva legal e APP. Nas demais situações, esse limite será de 50%, o que valerá inclusive para localidades da Amazônia Legal onde o bioma não seja Amazônia.

Fonte: http://www.estadao.com.br